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Van Gogh - Mundo das Artes

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Fotografia de Vincent Van Gogh

Vincent Van Gogh foi um dos pintores pós-impressionistas mais importantes e um dos maiores da história.

O artista teve uma trajetória de vida bastante complexa e sofrida. Era um homem intenso, que mostrava uma instável saúde mental através de suas expressivas obras de arte.

Seus trabalhos só foram reconhecidos após a sua morte, quando passou a ser considerado um grande gênio da arte. Até então, viveu no anonimato e cercado por muitos problemas psicológicos.

Teve uma carreira curta, de aproximadamente dez anos, porém, deixou uma quantidade enorme de impressionantes obras de arte.

Biografia de Vincent Van Gogh

Vincent Willen Van Gogh nasceu em Groot Zundert, na Holanda, em 30 de março de1853. Era filho de um pastor calvinista, o mais velho de seis filhos. Passou toda a sua infância melancólico e solitário.

Costumava ler histórias sobre pessoas oprimidas, o que posteriormente o levou a um interesse pelo sofrimento humano e as injustiças sociais. Em 1865, Vincent ingressou em um internato provinciano.

Aos 16 anos, insatisfeito com a estrutura da sociedade à qual pertencia, aceitou a sugestão do seu pai e foi trabalhar com o tio, em Haia, na Galeria Goupil, importante empresa francesa que vendia livros e obras de arte.

Aos 19 anos, foi mandado para Bruxelas, onde passou dois anos. Depois foi para Londres, sempre a serviço da galeria, onde permaneceu por mais dois anos e meio.

Em 1875, o artista realizou seu desejo de conhecer Paris e libertar-se de todas as suas frustrações. Lia muitos livros sobre arte, que o ajudaram a formar uma opinião própria e discutir com os clientes. Em 1876 foi demitido do grupo Goupil.

Aos 22 anos, voltou para a casa da família, agora em Etten, porém, suas relações familiares estavam cada vez mais difíceis. Vincent só se sentia compreendido por Theo, seu irmão mais novo.

Fotografia de Theo Van Gogh, irmão de Vincent Van Gogh.

A Fase Religiosa

Vincent tornou-se religioso para fugir da família e da realidade que o cercava. Foi, então, para a Inglaterra, onde aceitou o cargo de professor de francês e alemão em uma escola primária de uma pequena cidade, mas em pouco tempo foi demitido.

Voltou para a Holanda e entrou em uma grande depressão. Teve várias crises nervosas e passou longos períodos de solidão.

Em 1877, conseguiu um emprego em uma livraria, até que decidiu seguir a carreira do pai. Ingressou no Seminário Teológico da Universidade de Amsterdã, mas foi reprovado.

Ingressou, então, em um curso da Escola Evangélica de Bruxelas. A pedido do pai, conseguiu trabalhar como pregador missionário nas minas de carvão da cidade de Borinage, na Bélgica. Porém, ele se envolveu emocionalmente com os problemas dos trabalhadores das minas e foi demitido em 1879.

Em 1880, voltou para Bruxelas e começou a estudar anatomia e perspectiva. Foi então que decidiu ser pintor e passou os dias desenhando e pintando suas telas.

Os Amores de Van Gogh

Quando voltou para a casa do pai, após seus estudos, Vincent se apaixonou pela sua prima Kee Vos Stricker, mas foi rejeitado e abalou-se profundamente, o que piorou seu quadro de depressão.

Posteriormente, conheceu uma ex-prostituta chamada Clasina Maria Hoornik. Envolveu-se emocionalmente com ela, que já tinha um filho e estava grávida novamente. Vincent acolheu a moça e o filho em seu ateliê, mas depois do nascimento da criança ela abandonou o pintor.

Depois de tantas decepções amorosas, não se teve conhecimento de que Van Gogh tenha tido outros relacionamentos até o fim da vida.

A Carreira Artística

Em 1881, mudou-se para Haia, onde conheceu o pintor Mauve. Pintava aquarelas, onde apareciam marinheiros, pescadores e camponeses e criticava os personagens da pintura clássica. O pintor queria reproduzir os trabalhadores e suas realidades.

No ano seguinte, voltou para a casa dos pais, onde passava os dias lendo, desenhando e pintando. Em março de 1885 seu pai morreu repentinamente. Em abril do mesmo ano, o artista pintou “Os Comedores de Batata”.

Van Gogh – “Os Comedores de Batata”, 1885.

Em 1885, viajou para Antuérpia e iniciou seus estudos na Academia local. Se encantou pela cor e pela pintura japonesa. Em fevereiro foi para a casa de seu irmão Theo, em Paris.

Essa foi a época que o artista esteve mais feliz e sociável, onde fez amizade com os impressionistas, Claude Monet, Auguste Renoir, Camille Pissarro e Paul Gauguin.

Em 1888, ele já encontrava-se com a saúde precária e seguindo os conselhos de Toulouse-Lautrec, foi para Arles, no campo, para pintar ao ar livre e cuidar da sua saúde mental.

No Natal de 1888, Vincent teve uma intensa crise psicológica, que o levou a cortar parte da orelha esquerda.

Em 1889, o artista se internou voluntariamente em um hospital psiquiátrico, onde permaneceu por um ano. Durante esse tempo, perdeu o contato com a realidade e entrou em um quadro de profunda tristeza.

O Pós-Impressionismo

A grande admiração pela arte oriental e a influência dos artistas impressionistas levaram Van Gogh a desenvolver um estilo próprio, com uma maneira de pintar bem característica.

Em 1910, o crítico e artista Roger Fry organizou uma exposição intitulada “Manet e os Pós Impressionistas”, onde os principais artistas eram Cézanne, Gauguin e Van Gogh. Surgiu, assim, o termo Pós-Impressionismo.

O artista passou, então, a construir as imagens nas telas por meio de pinceladas curtas e rápidas com cores intensas e bem definidas. Em dois anos no estilo pós-impressionista, ele pintou cerca de 200 quadros.

As Obras de Arte

O quadro “Autorretrato”, de 1887, é um dos 27 autorretratos feitos do pintor. 

Sobre isso, Van Gogh afirmou:

Gostaria de pintar retratos que daqui a cem anos aparecessem como uma revelação, não por fidelidade fotográfica, mas antes, pela valorização dos nossos conhecimentos e do nosso gosto presente na cor, como meio de expressão e exaltação do caráter“.

Van Gogh – “Autorretrato”, 1887.

Uma das obras-primas do pintor, “Os Girassóis” tem várias outras versões.

A pintura foi uma homenagem feita ao amigo Paul Gauguin, que o visitou em Arles, onde Vincent estava vivendo. Ao ver as imagens, Gauguin disse que os seus girassóis eram mais bonitos do que as vitórias-régias de Monet.

Na tela percebe-se a preponderância do amarelo e uma organização não convencional das flores. A pintura representa a confusão e o caos de Vincent, além de uma beleza perturbadora obtida com os girassóis retorcidos.

Van Gogh – “Os Girassois”, 1888.

A pintura “O Quarto” faz um registro do quarto que Van Gogh vivia em Arles. Na imagem vemos alguns detalhes da vida do pintor, como os móveis de madeira e as telas penduradas nas paredes.

Através da tela, feita com cores fortes e contrastantes, percebemos um pouco do cotidiano de Vincent. Há uma hipótese de que o quadro teria sido feito para ele mostrar para seu irmão Theo, que estava bem.

Van Gogh – “Quarto em Arles”, 1888.

O quadro “Terraço do Café à Noite” foi pintado durante o período em que ele viveu em Arles, no Sul da França, entre fevereiro de 1888 e maio de 1889, procurando se afastar dos excessos de Paris, do tabaco e do álcool.

A pintura retrata uma cena boêmia, de um bar localizado no centro da cidade e que hoje funciona como um ponto turístico. Está localizado entre a Place du Forum e a Rue de Palais.

Van Gogh – “Terraço do Café á Noite”, 1888.

Em uma de suas inúmeras crises de humor, Vincent discutiu com seu amigo Gauguin e o agrediu, tentando ferí-lo com uma navalha. Perdeu a luta e foi para a cama chorando. Arrependido, cortou um pedaço da orelha e mandou em um envelope para Gauguin.

Van Gogh foi levado para o Saint-Paul, um hospital para doentes mentais. Depois de dez dias voltou para casa e pintou o “Auto Retrato com a Orelha Cortada”. 

Van Gogh – “Autorretrato com a Orelha Cortada”, 1888.

Em maio de 1889 Vincent pediu ao irmão que o internasse. Foi para o Hospital de Saint-Rémy-de-Provance e fez do seu quarto um verdadeiro ateliê. Costumava pintar paisagens, sempre vigiado por um guarda.

Produziu mais de duzentos quadros e centenas de desenhos, entre eles uma de suas obras mais belas e conhecidas, “A Noite Estrelada“.

Van Gogh – “A Noite Estrelada”, 1889.

Um dos temas preferidos de Vincent van Gogh era a representação de ciprestes. Essas charmosas árvores retorcidas chamavam a atenção do artista, que produziu diversas telas com esse tema.

Van Gogh – “Campo de Trigo com Cipestres”, 1889.

O quadro “Amendoeira em Flor” foi um presente oferecido por Van Gogh ao seu irmão Theo e sua cunhada Johanna, pelo bebê que acabara de nascer.

Pintado com cores leves e tons pastéis, a tela representa uma ideia de renascimento.

O bebê se chamava Vincent, em homenagem ao tio pintor. Foi seu único sobrinho e quem criou o Museu Van Gogh, em 1973, em Amsterdam, em parceria com o governo holandês.

Van Gogh – “Amendoeira em Flor”, 1890.

A “Igreja de Auvers ” foi pintada em 1890 e Vincent quis retratar a Place de l’Eglise, em Auver-Sur-Oise, um vilarejo perto de Paris.

Van Gogh viveu no local nos seus três últimos meses de vida, após ficar internado por um ano em uma instituição psiquiátrica. O pintor se mudou para o vilarejo para ficar mais perto de seu médico, o doutor Paul Gachet.

Van Gogh – “A Igreja de Auvers”, 1890.

A tela “Campo de Trigo com Corvos” foi criada em julho de 1890, pouco antes de Van Gogh falecer. Acreditava-se que esse era o último quadro do artista, entretanto, pesquisadores do museu do pintor descobriram um quadro posterior, “Raízes de árvores“, que não chegou a ser finalizado.

Van Gogh – “Campo de Trigo com Corvos”, 1890.

O Fim de Van Gogh

Depois de uma vida inteira de angústias e tormentos, que o levaram à depressão e ao isolamento, a hipótese mais aceita sobre a morte de Van Gogh é a de que ele teria cometido suicídio.

Segundo essa versão, em 27 de julho de 1890 Van Gogh teria saído para o campo de trigo, em Auvers, na França, com um revólver na mão e teria disparado um tiro em seu peito. Ele foi socorrido, mas teria morrido dia 29 de julho.

Contudo, existe também a hipótese de que ele tenha sido baleado por alguém da região onde morava. O fato pode ter realmente ocorrido, já que a arma nunca foi encontrada.

O artista morreu sem o reconhecimento do seu talento e mais de 700 quadros acumulavam-se sem comprador. A fama só veio após a sua morte.

Boa parte da sua vida e história estão descritas nas 750 cartas que escreveu para Theo, seu irmão, com quem sempre teve uma forte ligação.

Seis meses depois de sua morte, Theo também faleceu, sendo enterrado ao lado de seu irmão no Auvers-sur-Oise Town Cemetery, em Auvers-Sur-Oise, na França.

Museu do Van Gogh

O Museu Van Gogh, situado na cidade de Amsterdam, na Holanda, possui o maior acervo de obras do artista, com mais de 200 telas, 500 ilustrações e 750 documentos escritos.

No primeiro andar, você verá as paredes compostas pelas várias histórias de Vincent Van Gogh.

No segundo andar existem trabalhos realizados sobre alguns quadros de Van Gogh e sobre outros que eram atribuídos a ele.

No terceiro e último andar é exibida uma coleção de pinturas do século XIX, onde se observa a relação dos artistas contemporâneos de Van Gogh com a sua obra.

Para saber mais detalhes visite o site do museu.

Museu do Van Gogh – Amsterdam, Holanda.

Dica de Livro sobre Van Gogh aqui.
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2 respostas

  1. Muito boa essa matéria! Gostaria de ter lido antes de ir a imersiva de Van Gogh. Teria visto a exposição com outros olhos.

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